quarta-feira, 21 de abril de 2010

A Disfunção Éretil


Hoje, vamos falar sobre a Disfunção Erétil. Um problema comum do sexo masculino, porém pouco tratado. O maior estudo realizado sobre a tema até então, mostrou que 52% dos homens com idades entre 40 e 70 anos apresentam algum grau de DE (The Massachusetts Male Aging Study, 1992). O estudo, porém foi realizado em 1992, e provavelmente, muitos dados se alterariam para os dias atuais.
Disfunção Eretil é a incapacidade persistente, com mais de 3 meses de duração, para atingir e manter uma ereção peniana que permita uma relação sexual satisfatória (NIH Consensus Development Panel on Impotence, 1993). É uma situação médica normal, e está divida em: completa, moderada e ligeira. Porém alguns autores dividem em: primária, secundária, situacional, total e parcial.
A ereção peniana é determinada por um complexo mecanismo multifatorial, que envolve fatores penianos, hormonais, neurológicos, vasculares e psíquicos. O cérebro por diversos mecanismos complexos tem o potencial de modular a ereção. Os estímulos visuais, auditivos, olfativos e imaginativos são capazes de determinar resposta a ereção. E outras respostas a distúrbios do psiquismo, podem afetar positivamente ou negativamente o desempenho sexual masculino. A ação hormonal interfere mais com a libido e com o interesse sexual, do que com a ereção peniana propriamente dita.
DE pode ser uma doença isolada ou apenas o sintoma de outra patologia, seja vascular, neurológica, endócrina, psíquica ou decorrente de uma lesão da própria estrutura peniana. A prevalência de DE aumenta com a idade, mas não é necessariamente uma conseqüência da idade. Está relacionada a fatores de risco de aterosclerose (tabaco, hipertensão, dislipidemia), diabetes, hábitos sociais (tipo de vida, álcool, drogas), uso e consumo de medicamentos, traumatismos e cirurgias, angustia e depressão, doenças crônicas.
A DE resulta do desequilíbrio entre o psiquismo normal, a adequada circulação no pênis, a apropriada função do SNA e o sistema endócrino funcionante. Divide-se em: orgânica, psicogênica e mista. Psicogênicas quando há inibição dos mecanismos centrais da ereção, não devido a problemas físicos. As disfunções orgânicas estão relacionadas á uma inadequação da circulação peniana, inapropriada função do SNA e/ou do sistema endócrino. As causas psicogênicas estão geralmente ligadas a stress, ansiedade e transtornos. As causas orgânicas podem se relacionar a: Diabetes, Síndrome Plurimetabólica, Etilismo Crônico, problemas vasculares, hormonais ou ainda decorrentes do uso de medicamentos (hipertensivos, antidepressivos, ansiolíticos, beta bloqueadores, etc.) e drogas. DE é de causa mista quando as disfunções de causas orgânicas acometem a auto-estima e bem-estar do paciente, trazendo-lhe problemas psicológicos.
Em algumas situações a DE pode ter um impacto dominante na saúde física e psicológica do doente, do casal e da família. Assim também pode ter repercussão social e profissional muito intensa, causando ansiedade, depressão, baixa auto-estima, perda de autoconfiança, sentimentos de culpa e de rejeição.
Disfunção Erétil é um problema com solução, pois atualmente há uma grande variedade de opções terapêuticas eficazes (tema da próxima postagem). Contudo, paradoxalmente, é muito baixa a taxa de doentes disfuncionais que recorrem ao medico. De 90 a 95% dos homens com DE não são tratados, pois muitos pacientes sentem vergonha em falar de problemas de potencia sexual com o seu médico. Muitos desconhecem que existem vários tratamentos para impotência sexual, outros acreditam que a diminuição da potencia é algo natural com a idade. Muitas vezes a DE é subdiagnosticada devido à relutância dos doentes, e dos responsáveis pela saúde, em discutir a função sexual e a sexualidade. Cabe lembrar que a DE é um importante problema de saúde pública.





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